No outro dia estava no meu ritual de consumo das sonoridades mais dark que contemplam várias estéticas musicais quando me deparei com uma nova editora de vanguarda a apostar nas sonoridades que fazem parte da minha playlist: a CHRYSANTHEM Records. Fiquei super intrigada porque quando fui fazer a minha pesquisa profunda nos canais mais alternativos na internet não encontrei quase informação nenhuma que me apresentasse a missão, visão ou sequer o(s) seu(s) gestor(es). Houve, no entanto, algo que descobri a explorar a página do Bandcamp: A Chrysanthem Records é uma editora sediada em França, mais especificamente em Paris, e está focada no lançamento de cassetes. Puro e duro é só isto o que podemos saber para já.
Tudo começou em junho de 2019 com a edição de Dead Children, o EP de estreia do projeto de atmospheric noise do parisiense няня. A fazer efervescer as paisagens calmas da música atmosférica turvada, os franceses няня são os responsáveis pela abertura do catálogo da Chrysanthem Records que conta até à data com um total de cinco edições. Em Dead Children o ouvinte é conduzido para um cenário caótico de ruído e maquinarias industriais que apelam a uma fuga da realidade. Numa edição crua e brutal, em termos estéticos a Chrysanthem Records começa por se colocar numa zona de experimentação vanguardista que nos faz querer saber mais.
Foram precisos menos de dois meses para que, no início deste agosto a Chrysanthem Records voltasse a dar sinais de vida, com a edição de um single-ensaio focado na exploração da eletroacústica, "Digital Overload" assinado por a sound piece e editado no passado dia 6 de agosto. Apesar disso, ainda não foi aqui que a editora francesa me empolgou ao ponto de querer saber mais.
Contudo, através de uma série de novos lançamentos que chegaram às prateleiras esta semana que passou, a Chrysanthem Records começou a intrigar os meus curiosos ouvidos melómanos com os novos trabalhos de Funeral Boy, Filmmaker e VITESSE.
Comecemos então pelos Funeral Boy e o novo EP homónimo - lançado a 7 de agosto - que enche as medidas para os apaixonados pelas atmosferas da música mais sombria. Funeral Boy é um EP melindroso composto por quatro malhas intensas, uma introdução bizarra e ainda uma cover maquilhada pelo rock gótico ao clássico tema "Anyway" original dos OTO. Até à data esta é, para mim, a melhor edição da Chrysanthem Records, apresenta ali uma estética goth, com a voz reverberada, alguns traços punk e é um álbum a chegar mesmo bem nesta altura mais quente do ano. Não é um álbum propriamente inovador, mas traz malhas que são incríveis, onde não se pode deixar de destacar essencialmente o tema "Kino".
OK, muito fixe, mas não estava mesmo à espera que um dia depois, a 8 de agosto, esta nova label escalasse na minha playlist com o novo lançamento de Filmmaker e o seu longa-duração Somber Realm. Somber Realm é aquele registo de música eletrónica cuja sonoridade derrete nos ouvidos e os ritmos industriais nos fazem perder na pista de dança. Composto por um total de nove faixas este disco vai fazer as delícias dos apaixonados por editoras como a AVANT! Records ou a aufnahme + wiedergabe pela sua estética que incorpora elementos da música techno, industrial e as camadas da música mais gótica. Nove temas para explorar edifícios assombrados
Mas calma, no dia 9 de agosto havíamos de ter mais novidades desta editora que está a criar um dissimulado hype na mais escura sombra do underground de qualidade. Mas na área do black metal e derivados. Trata-se no novo longa-duração dos VITESSE - Volume 1. Esta deixou-me fora da minha zona de conforto, admito, não estava à espera.
Acho que no fundo a minha opinião sobre o que é mesmo a Chrysanthem Records passa um pouco por aqui, uma carrada de edições que vão sempre surpreender porque, no fundo, não há uma restrição a um estilo específico de música. A níveis positivos surpreende-me essencialmente o facto de apostarem no formato cassete como forma de distribuição física das suas edições. O mistério envolto à volta da editora também acaba por ser curioso porque leva a querer seguir os próximos trabalhos para saber mais.
Não sei, eu pelo menos estou curiosa e espero que vocês fiquem também. Podem criar a vossa imagem mental da Chrysanthem Records através do Instagram aqui ou no Bandcamp, aqui.
Tudo começou em junho de 2019 com a edição de Dead Children, o EP de estreia do projeto de atmospheric noise do parisiense няня. A fazer efervescer as paisagens calmas da música atmosférica turvada, os franceses няня são os responsáveis pela abertura do catálogo da Chrysanthem Records que conta até à data com um total de cinco edições. Em Dead Children o ouvinte é conduzido para um cenário caótico de ruído e maquinarias industriais que apelam a uma fuga da realidade. Numa edição crua e brutal, em termos estéticos a Chrysanthem Records começa por se colocar numa zona de experimentação vanguardista que nos faz querer saber mais.
Foram precisos menos de dois meses para que, no início deste agosto a Chrysanthem Records voltasse a dar sinais de vida, com a edição de um single-ensaio focado na exploração da eletroacústica, "Digital Overload" assinado por a sound piece e editado no passado dia 6 de agosto. Apesar disso, ainda não foi aqui que a editora francesa me empolgou ao ponto de querer saber mais.
Contudo, através de uma série de novos lançamentos que chegaram às prateleiras esta semana que passou, a Chrysanthem Records começou a intrigar os meus curiosos ouvidos melómanos com os novos trabalhos de Funeral Boy, Filmmaker e VITESSE.
Comecemos então pelos Funeral Boy e o novo EP homónimo - lançado a 7 de agosto - que enche as medidas para os apaixonados pelas atmosferas da música mais sombria. Funeral Boy é um EP melindroso composto por quatro malhas intensas, uma introdução bizarra e ainda uma cover maquilhada pelo rock gótico ao clássico tema "Anyway" original dos OTO. Até à data esta é, para mim, a melhor edição da Chrysanthem Records, apresenta ali uma estética goth, com a voz reverberada, alguns traços punk e é um álbum a chegar mesmo bem nesta altura mais quente do ano. Não é um álbum propriamente inovador, mas traz malhas que são incríveis, onde não se pode deixar de destacar essencialmente o tema "Kino".
OK, muito fixe, mas não estava mesmo à espera que um dia depois, a 8 de agosto, esta nova label escalasse na minha playlist com o novo lançamento de Filmmaker e o seu longa-duração Somber Realm. Somber Realm é aquele registo de música eletrónica cuja sonoridade derrete nos ouvidos e os ritmos industriais nos fazem perder na pista de dança. Composto por um total de nove faixas este disco vai fazer as delícias dos apaixonados por editoras como a AVANT! Records ou a aufnahme + wiedergabe pela sua estética que incorpora elementos da música techno, industrial e as camadas da música mais gótica. Nove temas para explorar edifícios assombrados
Mas calma, no dia 9 de agosto havíamos de ter mais novidades desta editora que está a criar um dissimulado hype na mais escura sombra do underground de qualidade. Mas na área do black metal e derivados. Trata-se no novo longa-duração dos VITESSE - Volume 1. Esta deixou-me fora da minha zona de conforto, admito, não estava à espera.
Acho que no fundo a minha opinião sobre o que é mesmo a Chrysanthem Records passa um pouco por aqui, uma carrada de edições que vão sempre surpreender porque, no fundo, não há uma restrição a um estilo específico de música. A níveis positivos surpreende-me essencialmente o facto de apostarem no formato cassete como forma de distribuição física das suas edições. O mistério envolto à volta da editora também acaba por ser curioso porque leva a querer seguir os próximos trabalhos para saber mais.
Não sei, eu pelo menos estou curiosa e espero que vocês fiquem também. Podem criar a vossa imagem mental da Chrysanthem Records através do Instagram aqui ou no Bandcamp, aqui.
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